Após pedido do MPF, GDF explica suposta demora no plano de vacinação
Ministério Público Federal aponta que para o Distrito Federal foram entregues pela União 632.310 doses e aplicadas apenas 361.059 delas
O Ministério Público Federal (MPF) estabeleceu um prazo de 10 dias para que o Governo do Distrito Federal (GDF) explique sobre a suposta lentidão no plano de vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal. O prazo expira nesta quarta-feira (28/4).
Solicito a Vossa Excelência esclarecimentos sobre as razões da discrepância entre o quantitativo das doses enviadas a esse Estado e a sua efetiva aplicação, uma vez que, no caso do Distrito Federal, foram entregues 632.310 doses e aplicadas apenas 361.059
O documento é assinado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e pela subprocuradora-geral Célia Regina Souza Delgado, coordenadora do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac).
No cenário nacional, o MPF aponta que, segundo o Ministério da Saúde, já foi distribuído aos estados e ao DF um total de 48.088.916 doses de vacinas contra a Covid-19, mas apenas 32.160.509 foram aplicadas.
Como resposta, a Secretaria de Saúde informou que, até o dia 22/04 (quinta-feira), foram recebidas 13 pautas de distribuição pelo Ministério da Saúde, totalizando 712.310 doses, sendo 536.560 doses de Coronavac e 175.750 doses da AstraZeneca. Desse total, segundo o Ministério da Saúde, 414.630 doses foram destinadas para primeira dose e 297.680 doses foram destinadas para a segunda dose.
“Dessas doses recebidas, até dia 21/04/2021, 371.394 doses foram aplicadas na primeira dose e 177.875 doses foram aplicadas para a segunda dose. Faltam ainda ser aplicadas para a primeira dose cerca de 1.500 doses na população das forças de segurança e 5.000 doses na população dos profissionais de saúde, cujo os agendamentos estão previstos para os dias 22, 23 e 26/04, além dos idosos de 64 anos e mais que ainda estão comparecendo aos postos para a vacinação”.
Quanto a segunda dose, como temos o intervalo entre as doses de 4 semanas para a Coronavac e 12 semanas para AstraZeneca, a aplicação ocorrerá a medida que os prazos estabelecidos forem acontecendo, o que explica a diferença”, explicou.
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