serem apontados como responsáveis pela retirada de Geraldo Alckmin (PSB), hoje ministro e vice-presidente, da chapa.
No ano que vem, a decisão do MDB caberá à convenção nacional do partido. São quase 500 votos, divididos entre delegados regionais e detentores de cargos políticos.
Os diretórios do Pará (que tem nove deputados) e de São Paulo (que tem cinco deputados) representam as duas principais forças. O do Pará está mais próximo de Lula. O paulista se divide entre Lula e o apoio à eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou a um candidato apoiado por Jair Bolsonaro ou mesmo uma posição neutra.
Integrantes da sigla afirmam que essa correlação de forças na convenção nacional pode favorecer Lula. Um diretório considerado decisivo é o de Minas Gerais, comandado pelo deputado federal Newton Cardoso Jr. Recentemente, Newton participou de um evento com o presidente da República em Belo Horizonte. Ao mesmo tempo, deu sinais ao bolsonarismo, como o voto a favor da urgência do projeto de lei da anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado.
A disputa pelo MDB mineiro também envolve a busca por uma aliança no Estado para a eleição ao governo local. O candidato preferido de Lula é o senador Rodrigo Pacheco (PSD). O presidente também se reuniu com o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), nas últimas semanas e anunciou investimentos federais na capital mineira.
Um ponto contrário à aliança nacional com Lula é a posição do diretório paulista, favorável a um acordo com setores bolsonaristas. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, foi eleito com apoio de Jair Bolsonaro e, no ano que vem, pode disputar o governo estadual se Tarcísio de Freitas concorrer à Presidência, novamente com apoio da direita. Uma aliança federal do MDB com o PT pode inviabilizar os planos paulistas.
O MDB tem, atualmente, 42 deputados federais. O número desses congressistas é o usado para dividir o fundo partidário. Por isso, dirigentes partidários focam seus esforços em eleger o maior número possível de deputados federais. No caso dos partidos de centro, não estar com nenhum dos candidatos que polarizam o cenário nacional (no momento, o PT e o bolsonarismo) é útil porque permite que, regionalmente, seus filiados façam alianças estratégicas.




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