O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), subiu o tom ao ameaçar multar Chico Vigilante (PT), presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, em R$ 50 mil. A punição seria aplicada caso documentos cruciais, como mensagens do grupo de WhatsApp “Perímetro” — formado por policiais militares —, não cheguem ao STF.
Esse grupo foi citado no processo que apura a conduta de policiais durante os ataques de 8 de janeiro de 2023. A pressão veio após o coronel aposentado Paulo José Bezerra, já indiciado pela Polícia Federal, solicitar acesso ao material para sua defesa. Curiosamente, apesar de ser investigado, a própria PF admitiu que o oficial foi excluído das ações preventivas relacionadas ao caos na capital federal.
Além disso, Moraes ordenou à Polícia Federal o envio imediato de provas periciais brutas encontradas em celulares de policiais e exigiu de uma instituição financeira os extratos bancários do coronel Jorge Eduardo Naime.
Em resposta, Chico Vigilante garantiu que já enviou tudo o que foi solicitado. “Deve ser um erro de comunicação no gabinete do ministro. Mas, por via das dúvidas, vou reenviar. Não tenho R$ 50 mil para pagar”, ironizou o parlamentar, revelando o tom tenso e burocrático que permeia a relação entre a CPI e o STF.
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