O Dinheito indo para o ralo e Ibaneis Rocha (MDB) sancionou lei que expandiu IGES- DF, e a Saude piorou no df e o Povo sendo enganado, com super faturamento na saude do Df.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT),
com o apoio da Polícia Civil, deflagrou, nesta quarta-feira (18), uma operação que investiga suposto superfaturamento na contratação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (Iges-DF).
Um dos alvos é o ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, que chegou a ser preso no âmbito da operação Falso Negativo, que apura fraudes na compra de testes rápidos para Covid-19. Araújo também já chefiou o Iges-DF e, nesta quarta-feira, está em viagem em Manaus (AM) (veja mais abaixo).
A suspeita é de que ocorreram desvios milionários em contratos de empresas terceirizadas que forneciam leitos entre março e outubro de 2020, durante a pandemia de Covid-19.
A defesa do ex-secretário disse que "não teve acesso aos autos", mas que se pronunciará quando souber do teor da investigação. Em nota, o Iges-DF disse que a ação mira "contratos firmados em gestões anteriores" e que reforça ações de controle interno, como reforço de auditorias. "Esse trabalho vem sendo feito rigorosamente pela controladoria interna. Caso sejam identificadas irregularidades, providências serão adotadas para solucioná-las", disse o texto.
"O Iges-DF ressalta ainda⁹ que vem prestando todas as informações solicitadas pelos órgãos de controle interno, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Câmara Legislativa do DF", afirmou a entidade.
Os investigadores cumprem 61 mandados de busca e apreensão na capital e em seis estados. Inicialmente, os promotores informaram que eram 67 determinações judiciais, mas atualizaram o número. No Distrito Federal, os investigadores cumprem mandados no Hospital de Base, na Asa Sul, na sede do Iges, na Asa Norte, e no Hospital Regional de Santa Maria, unidades administradas pelo instituto.
As investigações apontam ainda que as ilegalidades supostamente praticadas tiveram como consequência "altíssimas taxas de mortalidade" nos leitos de UTI administrado pelas empresas (veja mais abaixo).Além de Brasília, os mandados são cumpridos em:
- Goiás
- Amazonas
- Bahia
- Rio de Janeiro
- São Paulo
- Tocantins
A suspeita é de que as duas empresas contratadas pagavam um valor superior por leitos de UTI. Por exemplo, em 22 de maio, a Secretaria de Saúde firmou parceria com uma dessas empresas para contratar leitos de UTI por R$ 3 mil ao dia. No entanto, um mês antes, em 21 de abril, o Iges-DF solicitou o mesmo
A maquina de dinheiro IGES DF, Ministério Público investiga suposto superfaturamento na contratação de leitos de UTI pelo Iges-DF Investigadores cumprem 61 mandados de busca e apreensão; instituto afirma que contratos suspeitos foram firmados em gestões anteriores. Um dos alvos é ex-secretário de Saúde Francisco Araújo; defesa diz que aguarda acesso aos autos para se pronunciar.
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serviço com preço de R$ 4.282,26. No caso da segunda companhia investigada, o valor da diária era de R$ 5.857,02.
Além disso, as investigações apontam que as empresas deixaram de fornecer insumos, medicamentos e mão de obra em quantidade e qualidade conforme exigido nos contratos firmados. Com a falta da prestação do serviço, era o próprio Iges-DF que oferecia remédios, equipamentos e até profissionais.
Ao todo, o instituto contratou 80 leitos de UTI com as empresas: 50 no Hospital Regional de Santa Maria, 20 no Hospital de Base e 10 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião.
Criado em 2019, o Iges-DF é responsável pela gestão de todas as UPAs do Distrito Federal, além dos dois hospitais citados pela investigação (veja mais abaixo).
A operação foi batizada de Ethon e é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT. A Polícia Civil auxilia no cumprimento dos mandados.
Iges-DF
Em 31 de janeiro de 2019, o governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou lei que expandiu o modelo do antigo Instituto Hospital de Base (IHBDF) ao Hospital Regional de Santa Maria e para as UPAs da capital. Com a nova norma, a instituição passou a se chamar Iges-DF.
A ideia do projeto é dar mais autonomia na gestão das unidades de saúde. À época, o governo afirmou que o modelo visa reduzir burocracia em compras e dar mais celeridade nas contratações.