Manifestantes invadem Câmara do DF e quebram portas de vidro
Grupo de 150 pessoas entrou no plenário com caixão.
'O Arruda vai cair', gritavam manifestantes com faixas.
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Foto tirada com celular durante a invasão da Câmara Legislativa. Algumas pessoas subiram nas mesas dos parlamentares (Foto: Rafael Targino)
Cerca de 150 manifestantes invadiram o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira (2) em protesto contra as denúncias de corrupção envolvendo políticos de Brasília. Com um caixão, eles quebraram duas portas de vidro da Casa e subiram na Mesa Diretora. Para evitar mais depredação, seguranças retiraram computadores e outros objetos do plenário.
Os manifestantes –estudantes e pessoas com bandeiras do PSTU– gritaram palavras de ordem e frases como “O Arruda vai cair”, em menção ao governador do DF, José Roberto Arruda (DEM).
Veja vídeos sobre o suposto esquema de corrupção no DF
um urança foi pisoteado durante a invasão e foi encaminhado para o serviço médico da Casa. Não há informação sobre o seu estado de saúde. Os manifestantes, com apitos, faixas e panetones iniciaram uma espécie de “assembleia” dentro do plenário.
O escândalo começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
Nesta terça-feira, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), pediu licença de 60 dias do cargo. Vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, que denunciou o suposto esquema, mostra Prudente guardando maços de dinheiro nos bolsos e nas meias.
Na segunda-feira (30), Prudente tentou se justificar. "Eu recebi o dinheiro e coloquei o mesmo nas minhas vestimentas em função da minha segurança. Eu não uso pasta”. Ele disse que o dinheiro era “ajuda financeira não contabilizada” para a campanha de 2006.
Em outro vídeo gravado por Durval, deputados rezam abraçados com o ex-secretário. “Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos”, diz na gravação o deputado Rubens César Brunelli (PSC), corregedor da Câmara, que também pediu licença do cargo.
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