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Deputado diz que dinheiro na meia era ‘ajuda não contabilizada’ de campanha

Vídeo mostra Leonardo Prudente (DEM) recebendo dinheiro em gabinete.
Governo do Distrito Federal é investigado por suposto esquema de propina.

O presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), disse nesta segunda-feira (30) que usou o dinheiro que recebeu do secretário exonerado do Distrito Federal Durval Barbosa –e colocou nas meias- como “ajuda financeira não contabilizada” para a campanha de 2006. Segundo Prudente, ele colocou o dinheiro nas meias e no terno por “uma questão de segurança”.


“Foi-me oferecida ajuda financeira em dinheiro para a campanha de 2006. Eu recebi o dinheiro e coloquei o mesmo nas minhas vestimentas em função da minha segurança. Eu não uso pasta”, disse. Segundo Prudente, a “Justiça vai dizer se é crime eleitoral” o fato de ter recebido dinheiro de caixa 2 na campanha. “Estou admitindo que recebi o dinheiro”, afirmou.

Entenda as denúncias contra o governador do Distrito Federal

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    Foi-me oferecida ajuda financeira em dinheiro para a campanha de 2006. Eu recebi o dinheiro e coloquei o mesmo nas minhas vestimentas em função da minha segurança. Eu não uso pasta"

Ele afirmou que ainda não teve acesso oficial ao processo e que deve se pronunciar em plenário nesta semana. Durante entrevista coletiva à imprensa, Prudente anunciou que a Mesa Diretora da Câmara Legislativa vai fazer uma representação contra todos os deputados citados nas denúncias –inclusive ele próprio.

O deputado, que disse não ver motivo para pedir afastamento do cargo, disse que foi chantageado, mas sem citar por quem. Ele não quis comentar o vídeo em que deputados suspeitos de receberem propina aparecem rezando.

R$ 1 milhão

Pouco antes de Prudente dar sua entrevista, o ex-senador Valmir Amaral (PTB) disse na Câmara Legislativa que o presidente da Casa e a deputada Eurides Brito (PMDB) pediram R$ 1 milhão aos sindicatos de empresas de ônibus para incluir em um projeto de passe livre estudantil outro subsídio a deficientes.



Estou admitindo que recebi o dinheiro

Itens do projeto foram vetados pelo governador José Roberto Arruda (DEM) –inclusive o que aumentava o subsídio para deficientes – e retornou à Câmara. De acordo com Amaral, os deputados pediram mais R$ 600 mil para derrubar o veto. No rateio desse dinheiro, o ex-senador disse que cabia à sua empresa de ônibus R$ 170 mil. Amaral foi suplente do ex-senador cassado Luiz Estevão (na época, no PMDB).

A assessoria de Prudente disse que o deputado não estava presente durante a acusação de Amaral e, por isso, não iria se prionunciar. O G1 aguarda o retorno da assessoria da deputada Eurides Brito.

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