As investigações tiveram a colaboração de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo. Ele aceitou ajudar a Polícia Federal com gravaçoes de encontros em troca em troca de redução da pena em caso de condenação.
Repasses
De acordo com o inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) , o suposto repasse de dinheiro aos aliados de Arruda era feito por meio de pelo menos quatro empresas que prestam serviço ao governo do DF.
O documento não identifica todos os beneficiários do esquema – um secretário é citado por ter supostamente recebido R$ 34 mil de uma das empresas, que teve reconhecido um crédito a receber do governo de R$ 34 milhões.
Um dos repasses, de R$ 400 mil, teria sido recebido por Durval Barbosa, que supostamente repassou o valor ao chefe da Casa Civil do DF.
“A autoridade policial noticia haver o colaborador (Durval Barbosa Rodrigues) repassado ao DPF [Departamento de Polícia Federal], para fins de registro, a soma de R$ 400 mil, valor que a ele (Durval) retornará para seguir destino apontado por Arruda: entrega a Maciel [José Geraldo, chefe da Casa Civil do GDF], para pagamento da ‘base aliada’. Ou seja, o dinheiro será dissipado em diversos pagamentos menores a pessoas ainda não identificadas”, destaca trecho do inquérito.
O governador do DF, José Roberto Arruda (DEM),e o vice-governador, Paulo Octávio (DEM), em evento em Brasília em fevereiro
Em depoimento à PF, o ex-secretário disse que o governador pedia adiantamentos mais ou menos de quinze em quinze dias para saldar despesas pessoais.
Numa das negociações, segundo o depoimento de Barbosa, um valor de R$ 178 mil foi dividido entre o governador, o vice, Paulo Octávio, o assessor de imprensa, Omézio Pontes, e o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, ficando 10% restantes a espera de comando.
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