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ServidCom rendimentos maiores e reajustes mais generosos, os servidores sustentam cada vez mais a economia do Distrito Federal. Dois terços de toda a renda que circula na cidade, oriunda de salários e outras remunerações pagas pelo trabalho, vêm do serviço público. Os funcionários de empresas privadas, apesar de representarem 60% do total de assalariados, ficam com apenas 35% dos valores pagos. A importância do contracheque dos funcionários da administração pública, defesa e seguridade social aumentou nos últimos anos, segundo dados divulgados nessa sexta (24/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao ano de 2006. Os números do Cadastro Central de Empresas (Cempre) apontam que em 1996 os servidores detinham 60% da renda da cidade. O salto foi dado recentemente. Entre 2005 e 2006 a fatia passou de 61% para 65%.O papel desempenhado pelos órgãos públicos na capital federal é o mesmo que grandes empresas exercem em todo o Brasil. A pesquisa aponta que na média das unidades da federação são elas que pagam os melhores salários. A média salarial do país é de 3,6 salários mínimos. Mas nas companhias que têm mais de mil pessoas em seus quadros de pessoal o valor sobe para cinco salários mínimos. “Onde não tem grande desenvolvimento, com grandes empresas, a administração pública é mais importante. O setor é para o DF o que as grandes empresas são para o restante do país”, afirma o gerente de Planejamento e Análises do Cempre, Roberto Sant’Anna.De acordo com a pesquisa, foram pagos em salários R$ 28,7 bilhões no ano de 2006, o que eqüivale a 5,4% do volume que circula em todo o país. É mais que o volume de todos os outros estados da Região Centro-Oeste somados. Apesar de ter apenas 3,4% dos assalariados do país, em apenas cinco unidades da federação o volume em circulação é superior. O estado de São Paulo possui, sozinho, 35,3% da renda do país. Com um número de pessoas menor que o volume de recursos, o salário médio pago na capital federal é duas vezes superior ao acumulado na média nacional. Cada um dos 905,9 mil trabalhadores brasilienses levou, em média, R$ 2.440 por mês. Somente de 2005 para 2006 a quantia aumentou 25%, e em relação a 1996, foram 144% a mais.DiferençasOs reajustes foram puxados pelos servidores públicos, federais e do Governo do DF, que tiveram um aumento de 237% entre 2005 e 2006. No mesmo período o contracheque na iniciativa privada engordou 74,5%. Com os reajustes diferenciados, a disparidade entre iniciativa privada e serviço público só aumentou. Em 1996, um funcionário de uma empresa particular recebia o equivalente a 70% do salário de um servidor. Em 2005, a relação passou para 45% e chegou a apenas 36% em 2006.No setor privado, os melhores salários são pagos aos funcionários de bancos, seguradoras e companhias de previdência complementar. O valor médio, de R$ 4.504, é superior ao recebido pelos servidores. Mas, de acordo com o IBGE, apenas 31,6 mil pessoas fazem parte do quadro de pessoas do segmento. As categorias mais expressivas, de atividades imobiliárias e serviços prestados às empresas, e o comércio, pagam menos. Em média, R$ 1.212 e R$ 791, respectivamente.ores sustentam cada vez mais economia do DF

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